terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Para meu grande amor.

Eu não sei ao certo como começar a citar algumas das coisas maravilhosas que você fez por mim, na verdade eu nem sei explicar como essas coisas são, afinal, sempre foram da melhor forma possível, eu sei que tudo o que você fez por mim foi de coração, e isso é indescritível. O fato é que não há algo de mais importância que tenha acontecido entre nós, afinal amo o que você é, amo o que você faz por mim e amo mais ainda a forma que você me trata, sem nunca termos nos aproximado fisicamente. Eu seria ridícula se não me apaixonasse pela pessoa que você é, eu seria realmente ridícula se não me apaixonasse por você. Eu quero você comigo, eu quero ouvir você sussurrar ao meu ouvido, eu quero sentir teu corpo ao te abraçar forte, eu quero encostar minha cabeça no teu ombro enquanto estiver sentada ao teu lado, eu quero sair na rua numa noite de inverno de mãos dadas contigo, eu quero deitar na grama e contar as estrelas contigo, eu quero simplesmente me perder no tempo e ser feliz ao teu lado. Eu deito na esperança de que no menor tempo possível você possa estar deitado ao meu lado. Eu passo o meu dia fantasiando meus dias contigo. Eu procuro teu rosto nas pessoas enquanto eu caminho. Eu procuro tua presença quando eu me sinto solitária, e acredite, eu a sinto. Eu te sinto em mim, de uma forma tão forte, que as vezes até parece real. Eu imagino os teus beijos com sabor de café, eu imagino o teu abraço apertado, eu imagino o toque da tua mão ao acariciar meu rosto. Eu zelo pelo sentimento que a gente construiu, eu cuido do nosso amor, cuido da melhor forma possível, pra que ele nunca se quebre ou enfraqueça. Os antigos já diziam que de uma bela amizade nasce um belo amor, e olhe o que se criou entre nós. Eu espero ansiosamente pelo dia em que vou te ver na minha frente, que vou finalmente poder te abraçar, te olhar nos olhos e falar o quanto eu esperei por esse momento. Eu espero ansiosamente pra que todos os nossos sonhos e as nossas fantasias se realizem, e eu vou fazer o impossível pra que tudo se torne real. Eu espero, do fundo do meu coração, que isso nunca se acabe. Eu espero por você. Eu amo você.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Esperança.

Já estava amanhecendo e ela se encontrava ali, olhando pro nascer do sol, sentada em sua janela, com as pernas em direção a rua. Ela não tinha dormido essa noite, nem na anterior, e nem nas outras. Havia algo que a incomodava, algo que na realidade incomodaria a qualquer um. Ela estava com uma expressão vaga, não se definia o que ela expressava. Sabia apenas que havia um vazio no seu peito, um vazio que há muito não era preenchido. Ela sentia saudades, e não dormia por causa da distância que a separava de alguém que ela sempre desejou que estivesse ali, ao seu lado, sentado na janela, olhando o nascer do sol. Com o primeiro raiar de sol veio o primeiro suspiro, e assim foi raio após raio, até o sol aparecer majestoso e belo em toda sua grandeza. Ela não se importava com os minutos, talvez as horas que passava sentada ali, ela na realidade não se importava mais com nada. Parecia que essa ausência fazia com que ela ignorasse a tudo e a todos, fazia ela focar apenas nisso, na dor que ela sentia por causa da falta de quem tanto amava. Ela não dava mais bolas pro fato de não estar mais vivendo, ela simplesmente existia. Existia também só por um motivo, que era o de acreditar que um dia, ele poderia estar sentado ao lado dela na janela, olhando o nascer do sol, e consequentemente todo seu vazio e sua dor desapareceriam. A porta de seu quarto estava trancada, mas isso não fazia diferença, afinal estava morando sozinha. Ficava trancada apenas pra tentar se proteger, por achar que se trancando em um espaço só seu, o mundo lá fora não poderia entrar. O único contato que ela tinha com seu ser tão desejado era via telefone, fazendo com que esse se tornasse parte dela, não desgrudando dele nunca. Estava sempre a espera de uma ligação, de uma mensagem ou algum sinal de vida. Ela vivia por ele. Ela dormia por ele. Ela, querendo ou não, passou a ser ele. Quando ele ligava, prontamente ela atendia e falava que estava a espera de sua ligação, e assim eles conversavam por horas a fio, fantasiando planos para um futuro incerto. Nesse dia não foi diferente, quando ele ligou, eles conversaram por horas, até que então, ele gentilmente pede alguns favores pra ela. Pediu primeiro que ela destrancasse a porta de seu quarto e abrisse toda a casa, que se encontrava fechada havia dias. Depois, falou que ela encontraria algumas cartas dentro da caixinha de correio, e cada uma com um numero. Era pra ela seguir à risca o que cada carta dizia, começando do número um. Assim ela desligou o telefone e fez o que ele pediu. As cartas eram instruções, falavam pra ela se alimentar, tomar um banho, colocar a roupa que ela mais gostasse, e logo depois abrir a porta de sua casa. Ela achou tudo meio estranho, mas assim o fez. Ao abrir a porta, encontrou ele ali, parado, havia várias horas, esperando pacientemente por esse momento. A porta do mundo dela, até então trancada, se abriria somente agora, somente para ele. Então a porta se fecharia a sete chaves, para ele nunca mais sair dali.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Memórias.

Era tarde da noite, eu já havia tirado meus calçados e colocado os chinelos de lã. O frio uivava ferozmente lá fora, o estalido da lareira fazia com que meus pensamentos se confundissem o tempo inteiro. A chaleira estava chiando, anunciando que a água para o meu café acabara de ferver. Lutando contra o frio, levantei-me e fui em direção à cozinha passar meu café. Caminhava lentamente, passo seguido de passo, como alguém que não tinha pressa para fazer nada. Estava passando meu café agora, o doce aroma que saía com a fumaça não invadiu somente a cozinha, invadiu a meus pensamentos também. Um turbilhão de memórias apagadas pelo tempo retornavam nesse momento, memórias das quais eu já deveria ter me esquecido. Começo a pensar nos finais da tarde quando, sentado à mesa que estava logo atrás de mim, você costumava comentar de quão bom era o aroma do meu café, e após o primeiro gole, me elogiava falando que eu melhorava a cada dia. Dou um longo suspiro, fazendo com que as memórias se misturem com a fumaça da água quente. Coloco meu café na térmica e caminho em direção à sala, procurando o calor da lareira. A mesma memória insistiu em voltar ao pensamento, fazendo com que eu desse atenção ao assunto. Como agi errado, não fazia sentido ter sido daquela forma, não fazia sentido nem ter começado com todas as complicações que acarretaram com um final. Eu tinha tudo em mãos, e por culpa do meu alter ego fiz com que nosso amor ruísse. Lágrimas agora molham os meus olhos. Dou um gole de café, amargo e forte, da maneira que você sempre gostou. Sinto um aperto enorme no meu coração. Lembro de um punhal embaixo da minha poltrona, costumava deixá-lo lá por precaução. Pego-o. Admiro demoradamente a lâmina afiada, nunca usada antes. Agora as lágrimas jorram como uma cachoeira, pensamentos obscuros se passam pela minha cabeça. Um último gole na minha xícara de café. Um último e longo suspiro. Com um movimento incerto, as mãos meio trêmulas, cravo aquele punhal no meu peito. Um grito de dor intensa, porém nada comparada a dor que você me fez sentir.

Sobre mim

Minha foto
Santiago, Rio Grande do Sul, Brazil
Ainda não há palavras que descrevam o que sou eu.