sexta-feira, 13 de abril de 2012

Aeroporto.

Era manhã cedo de um julho não tão frio. Ela se encontrava no aeroporto, ele também. Eles não sabiam que iriam se encontrar. Ele estava à frente dela, ela o observava de costas e comentava com sua companheira o quanto achou ele bonito. Eles começaram a se trocar olhares, e vieram a conversar de forma indireta. Ela jamais encontrou alguém que lhe desse tanta atenção, ele jamais encontrou alguém por quem se sentiu tão atraído em instantes.
Eles conversaram, e conversaram, e conversaram. Sentiram medo juntos, e riram juntos. Criaram um desejo pelo outro dentro de si, porém tinham vergonha em falar. Uma afinidade tão grande como se já se conhecessem, se namorassem.
De repente aconteceu, um beijo, um beijo tão doce e tão inesperado que creio que seja lembrado até hoje por ambos.
Falam que o proibido sempre é mais divertido, e creio que tenha sido. Somente os últimos bancos daquele avião poderiam esclarecer isso. Memórias do proibido jamais se apagarão com o tempo, ficarão marcadas no coração de ambos, como uma história linda de um amor que jamais poderia dar certo.
Quem sabe até tenha dado, por uns instantes. Hoje o que os resta é só a lembrança, de uma manhã não tão fria de julho, onde ela se encontrava no aeroporto, e ele também.

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Ainda não há palavras que descrevam o que sou eu.